sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

.a certain shade of green.

Sim, o título denuncia já que ando a ouvir Incubus, o que está directamente relacionado com o facto de a banda vir a Portugal. Não é sempre assim? Podemos estar durante imenso tempo afastados de determinados músicas, filmes ou livros mas quando há um concerto, quando um artista lança um novo trabalho e até mesmo quando morre lá vamos nós buscar as coisas que até já nos tínhamos esquecido que gostávamos. E por buscar, quero dizer basicamente ligarmo-nos à Internet. 

Contudo, o que me traz aqui não é a minha indecisão face ao ir ou não ir ao concerto dos Incubus (quem me acompanha nas redes sociais, sabe que me debato com isso) mas muito especificamente a música que (também) dá título a este post. No meio de toda a regressão incubusiquiana (?) lembrei-me da "A Certain Shade of Green". Como devem imaginar, não acompanho esta banda desde a sua fundação porque para isso eu tinha de ser uma criança muito dotada, uma vez que tinha 4 anos. Mas as músicas vão viajando no tempo e chegam até nós, de uma maneira ou de outra. Às vezes, até desconfio que são as músicas que nos encontram e muito mais do que melodias, transmitem-nos qualquer coisa através das suas letras. 

"A Certain Shade of Green", como é o caso de muitas outras músicas, na altura em que a ouvi, teve um significado especial. Ok, há pessoas que acham que todas as músicas dos seus artistas favoritos são especiais. Não são. Algumas são completamente vazias, outras são mesmo más. Por vezes as pessoas não conseguem separar a admiração por determinado artista e a qualidade do que produzem todas as vezes que lançam um trabalho mas adiante... voltando ao significado especial. 

Esta música surgiu numa altura da minha vida em que me debatia com algumas decisões importantes e não sabia quais os eram os caminhos certos e por isso, como já vos deve ter acontecido, adiava sempre. Mas o que geralmente acontece a um procrastinador que se preze, é que se continua a queixar, não se apercebendo que tem as cartas todas na mão e que só ele é capaz de fazer com que as coisas avancem. Não são as outras pessoas, não é o tempo, não é o que quer que seja que inventem para não darem o passo em frente. Acima de tudo, não é esse medo irracional que sentem que vos deve impedir. 

A música fala um bocado desta ideia de adiar e não perceber as razões que levam a esse adiamento. Na altura (e ainda hoje) fez todo o sentido e tomei as decisões que tinha de tomar. Não digo que foi por causa desta música, exclusivamente, mas fez parte de um grande conjunto de coisas que me ajudaram. Contudo, depois de tomarem as vossas decisões, o truque está em não se arrependerem e aceitarem que essa foi a vossa escolha. É difícil mas não é nada que a vida não nos ensine a fazer. 

Aprendam a fazer isso e vão ser muito mais felizes. Vão por mim. É só me decidir se vou ou não ao concerto e alcanço a felicidade suprema. :) 

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