domingo, 18 de dezembro de 2011

.saudades trago comigo.

Chegou o momento. Estamos a aproximar-nos a passos largos do final do ano e isso, para muitos, é sinónimo de fazer uma reflexão sobre os dias que ficaram para trás. A velocidade com que passaram faz com que tenhamos dificuldade em acreditar que já se passou um ano. Um ano pode passar depressa mas não é com certeza proporcional à sua relevância temporal. 

Não deixei a minha reflexão para as últimas 12 badaladas do ano, misturando a com as taças de champanhe e com os desejos que acompanham as passas. Pelo contrário, comecei a fazê-la em Outubro. Um bocadinho, todos os dias. Se foi forçado ou não, não é de todo relevante.

Este final de ano tem um sabor a saudade e a recomeço. O meu coração está apenas e só preenchido de saudade. Saudade não é só melancolia ou angústia provocada pela lembrança. É também expectativa ou pelo menos desejo de que alguma coisa aconteça porque o retorno ao que era familiar sobrepõe-se a qualquer outra coisa. 

Dizem que com a idade as pessoas vão se embrenhando cada vez mais nos seus feitios e nas suas formas de pensar e que, por isso mesmo, muito dificilmente mudam alguma coisa sobre elas mesmas. Não é verdade. As experiências que a vida nos reserva, de facto, dão-nos forma e ensinam-nos que não temos um único molde. Por mais velhos (e casmurros) que sejamos. E eu aprendi umas quantas coisas.

Stay hungry, stay foolish.

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