terça-feira, 13 de dezembro de 2011

.photo booth.

Estive a fazer uma arrumação ao meu quarto. O saco do lixo ficou cheio (é impressionante como hoje em dia tenho um desprendimento muito maior em relação às coisas), mudei algumas coisas dali para acolá numa tentativa de chegar a uma organização que perdure. Ao fazer isto, e ao descobrir algumas coisas que estão perdidas nas gavetas, pergunto-me qual era o objectivo das mesmas. 

No meio destas arrumações, o meu quadro de cortiça que tenho pendurado numa das minhas paredes caiu. Nele figuram as mais variadas coisas. Bilhetes de concertos, faixas de finalista, pequenas lembranças, post-its com aqueles recados dos colegas de trabalho e fotografias. 

Duas coisas a reter: Primeiro, o facto de ser dona de um quadro de cortiça onde posso espetar momentos da minha vida é mesmo uma coisa de miúda que vive nos anos 90. Aposto que todas vocês tinham um quadro de cortiça e colocavam lá desde um pacote de açúcar até a uma folha nojenta que acharam piada e resolveram levar para casa, numa tarde de Outono. Perdão, as flores secas é que eram o grande must. 

Segundo: as fotografias. Falo de um tipo muito específico de fotografias: as tipo-passe. Pergunto-me hoje que mania era aquela de pedir a todos os colegas da turma uma foto deles, e de preferência com uma dedicatória no verso! Lembro-me perfeitamente que no dia das matrículas, começava a caça à foto tipo-passe. Éramos chatos, persistentes e ainda ficávamos chateados se a pessoa X não nos desse uma foto. Era um ultraje saber que alguém só tinha tirado 6 fotos e não 40 para dar a quem lhe pedisse. Uma clara violação dos direitos do pedinchas das fotos tipo-passe.  

Qual era o objectivo deste peditório? Fazer um livro de ponto em casa? Andar com as fotografias na carteira como as nossas mães orgulhosamente têm e fazem questão de mostrar a todas as pessoas que se cruzam com elas e que cometem o erro de apenas perguntar como estamos? Fazer uma caderneta de cromos? Usá-las num jogo de setas? O que sei é que, invariavelmente, acabavam no quadro de cortiça. Digam lá se não havia coisa melhor do que acordar e dar de caras com a turma inteira a olhar para vocês?

Tonterías...



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