segunda-feira, 5 de agosto de 2013

.devendra.

Já se passaram uns anos desde que um rapaz barbudo de cabelo desgrenhado, vestido com apenas uns micro calções conquistou o meu coração ao dizer que se sentia como uma criança. Ao longo do tempo temos mantido uma relação próxima, pautada por alguns momentos de separação, mas a verdade é que nunca foi substituído na minha playlist. Carregar no shuffle e ser surpreendida pela sua voz é sempre uma agradável surpresa.

O fascínio por aquela figura estranha que quase se sobrepunha ao interesse por aquilo que escrevia e cantava sempre me levou a dizer que o veria ao vivo assim que possível, mas tal nunca se proporcionou. Até sábado.

Marcámos encontro no CCB e ele disse-me que tinha uma novidade - um álbum novo chamado "Mala". Contudo, antes de entregar as suas músicas novas ao público, queria apresentar-me o seu amigo Rodrigo Amarante. Gostei dele.

Quando finalmente pisou o palco, olhei para ele e reparei que está diferente. Apesar da vista do lugar 35 da fila T ser um bocadinho embaciada notava-se perfeitamente que ele estava diferente. Diferente não é, nem deve ser mau, por isso esperei para ver como é que ele me iria compensar quatro anos sem músicas novas.

Todos sabemos que ouvir um disco em casa e ver as faixas materializarem-se num palco repleto de músicos, instrumentos, microfones, luzes vermelhas e roxas são duas coisas distintas e a verdade é que para um primeiro encontro, não correu nada mal.

Da próxima vez, só espero que dure um pouco mais.


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